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Notas do Autor - Capítulo 04

 


Alola, pessoal! Tudo bem?

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pela demora ENORME pra ter escrito e postado esse capitulo. Nesses últimos meses minha vida simplesmente mudou muito de rotina, ritmo e eu falhei em me adaptar e fiquei pra trás em muitas coisas. Escrever foi uma delas.

Pra quem não sabe/lembra, eu estou atualmente cursando uma graduação em engenharia elétrica, um curso integral. Só isso é o suficiente para consumir boa parte do meu tempo. Também assumi a presidência de um projeto de extensão na universidade e ganhei um monte de coisas para fazer nesse tempo. 

Digo tudo isso não para servir de desculpas, mas sim para mostrar que eu simplesmente não abandonei porque eu queria. Acabei ficando esgotado e não queria entregar um capitulo escrito por escrever pra vocês.

Agora as coisas estão melhorando. Não irei prometer um capitulo toda semana porque não será possível. Estou indo para o penúltimo ano do meu curso, além de que a quarentena me esgotou fisicamente e mentalmente. Mas estarei tentando e me esforçando mais e mais para escrever alguma coisinha pra vocês.

Enfim, eu sei que não é um capitulo super mega epico, gigante e com um retorno triunfal, mas é a continuação da historia que eu gostaria de contar.

Espero que não tenham desistido de mim e que não desistam no futuro. Temos uma jornada pela frente que acredito que será divertida de ler e acompanhar.


Muito obrigado aos que leram o capitulo e essas notas. <3



Capítulo 04

 



         Alola era muito popular por seus climas quentes e raios solares brilhantes logo pela manhã, com brisas suaves e umidade agradável. Esse não era o caso da Cidade de Po, localizada na ilha de Ula’Ula. Naquela manhã, uma forte tempestade varria a cidade abandonada e a região próxima dali. Os ventos forçavam as folhas da vegetação local com enorme intensidade e os trovões iluminavam o céu coberto de nuvens escuras. Em momentos como esse, era comum para os habitantes da região tropical ficarem em casa. Alguns inventavam os mais diversos passatempos para esquecerem o clima caótico do lado de fora. Outros apenas aproveitavam para cochilar. As duas figuras que andavam por aquela cidade naquele momento poderiam ser consideradas loucas se fossem vistas pelos moradores locais. Mal sabiam os moradores que a dupla seria louca apenas se não chegassem no horário marcado à enorme casa que ficava no final da cidade.

 O homem de cabelos azulados andava apressado, imaginando o pior quando chegasse ao último andar daquela casa e tivesse que encarar os olhos raivosos de seu chefe. Já a mulher de cabelos róseos ao seu lado andava mais calmamente. Aproveitava ao máximo aquele clima que tanto gostava e, se não fosse pelo seu parceiro ao lado, teria parado para apreciar a chuva por mais tempo. Em poucos minutos já estavam subindo a escadaria que dava acesso àquela enorme casa velha cercada por diversos rabiscos, pichações e infiltrações em sua fachada frontal. Entraram com pressa e avançaram rapidamente para o terceiro andar, tomando cuidado para não torcer os pés nos degraus de madeira que claramente precisavam de reforma e se entreolharam por alguns segundos antes de girar a maçaneta da porta branca para entrar no quarto. 


Um homem de trinta anos permanecia sentado numa poltrona com toda a pompa e a circunstância de um rei, até mesmo a poltrona de couro gasto em que sentava dava a impressão de ser um luxuoso trono. Estava claramente irritado, com as olheiras marcando seus olhos e lhes dando um aspecto profundo e sombrio. Apesar disso, seu cabelo branco desgrenhado e os óculos dourados davam-lhe um ar cômico. Usava uma jaqueta preta que combinava com suas calças largas com detalhes em branco. Em seu braço esquerdo, usava um relógio dourado roubado e carregava em sua pele uma tatuagem incompreensível de cor roxa, cujo significado nunca havia revelado para ninguém. Por fim, vestia uma corrente com um símbolo que se assemelhava à uma caveira igual à dupla que estava a sua frente, com a diferença de a sua ser maior e feita de ouro.

 



 

— E então? O que vocês me trouxeram? — questionou o homem encarando os dois subordinados ali parados com seus olhos frios.


 A dupla se encarou antes de responder. Estavam hesitantes, pois sabiam que a resposta não agradaria o chefe.


 — Não conseguimos nada, chefe Guzma — adiantou-se a mulher. — Aquele desgraçado de fantasia apareceu e acabou com nosso esquema.


 Guzma permaneceu em silêncio, variando o olhar entre as duas faces completamente assustadas que estavam à sua frente. Apesar do silêncio ter durado apenas poucos segundos, entre eles, a sensação era de uma eternidade.


 — Esperava mais de você, Telepathy — comentou o homem com certo desprezo. — Já você, Receiver, continua uma decepção.


 Os dois abaixaram a cabeça e assentiram, concordando com as palavras de seu chefe. Já haviam passado por situações como aquela, então o melhor a se fazer era simplesmente não desafiar a paciência do homem e apenas aceitar as ofensas.


 — Bom, já que os dois conseguiram mostrar o quão inúteis são para mim, caiam fora daqui e não me perturbem pelo resto do dia — Guzma fez um gesto com o polegar indicando a porta. — Chame a Plumeria quando sair, Telepathy.


 Após a porta ser fechada com a saída dos dois capangas, Guzma soltou um suspiro de irritação, socando um dos apoios de seu trono com força.


 — Estou cercado de imbecis nesse lugar.

 


— Vai logo Elio, a gente vai se atrasar! — gritou Selene da porta de sua casa, impaciente com o quão enrolado seu irmão conseguia ser para acordar e se arrumar.

— Eu já disse que tô indo! – Elio tirou a escova de dentes da sua boca para responder o mais alto que conseguiu e voltou a escovar seus dentes com uma animação fora do normal.

— Pra alguém que enrolava o máximo para ir à escola, ele até que tá sendo rápido dessa vez — comentou Alika aproximando-se da porta do banheiro, surpreendendo Selene. — Você conhece o seu irmão o suficiente pra saber como a ideia do tal Ethan mexeu com ele. 


As duas se entreolharam e soltaram uma risada leve, o que fez grande parte da raiva de Selene com Elio passar. O desentendimento com o irmão no dia anterior havia deixado uma mágoa enorme no coração da menina, mas uma boa noite de sono a fez refletir e chegar à conclusão de que era mais fácil se preparar para as próximas vezes que aquilo voltasse a acontecer do que ser presa por assassinato.


Quando Elio finalmente ficou pronto para sair de casa, os irmãos se despediram de sua mãe e entraram no carro de Kukui, que os aguardava pacientemente. Seguiriam até a Escola de Treinadores, onde o professor ajudaria seus primos a fazerem a matrícula. Ao estacionar na esquina do prédio, Kukui desceu do carro e convidou  seus primos para completarem o caminho que restava a pé. 


— Esqueci de mencionar antes, mas tem uma pessoa que eu quero que vocês conheçam. Ele é o neto de um amigo meu e será colega de vocês na Escola de Treinadores — comentou o homem aos garotos. — Ele também é um calouro, então quem sabe vocês não possam se tornar amigos?


 Selene e Elio apenas trocaram um olhar e deram de ombros, silenciosamente concordando com a hipótese de ter outro companheiro pela região de Alola. Próximo do portão da escola, um garoto com a mesma altura de Elio andava em círculos com os braços atrás da cabeça, tentando passar o tempo enquanto esperava por alguém.


 — Alola, Hau! — gritou Kukui enquanto acenava fazendo o cumprimento típico da região se aproximando do garoto. — Esses são meus primos, que eu havia comentado com você!

 


Elio e Selene notaram que aquele garoto parado na frente do portão era o desconhecido que Kukui havia mencionado. Hau era diferente do que ambos haviam imaginado. Era um jovem de dezesseis anos, com a pele escura e os cabelos esverdeados amarrados por um pequeno laço de cabelo. Com exceção de sua camisa preta, suas roupas eram chamativas, com um calção amarelo florido que combinavam com seu sorriso contagiante e levemente infantil.

 Enquanto Selene se preocupava com a ideia de ter que cuidar de outro garoto claramente infantil e inconsequente como o irmão, Elio se animava pela ideia de ter um amigo que pudesse apoiar suas maluquices.


 — Alola, “primos”! — Hau imitou o tom de Kukui e soltou um breve riso com a própria piada. — Vocês não são daqui mesmo, né?


 Hau achou graça em ver os irmãos fazendo um breve aceno de mão como resposta ao seu cumprimento animado, o que deixou os garotos sem jeito.


 — Foi mal, cara. Alola, Hau! — Elio adiantou-se e repetiu o gesto que Kukui havia feito anteriormente, abrindo um sorriso largo em seguida. — Me chamo Elio, prazer em te conhecer.

— Alola, Hau. Me chamo Selene. — Foi a vez da garota se apresentar, limitando-se a um sorriso singelo.

— Bem, agora que vocês já se apresentaram, vamos oficializar a matrícula de vocês — disse Kukui enquanto dava um leve tapinha nas costas de seus primos, incentivando os dois a entrarem na escola. — Tenho certeza que vocês terão muito tempo pra conversar e se conhecer melhor.


 O quarteto passou pelos portões da Escola de Treinadores e seguiram para a Secretaria. No caminho, notaram as grandes quadras esportivas que mais pareciam as arenas de batalha que viam na televisão. Eram quatro arenas separadas por caminhos que levavam à uma enorme área no centro com uma grama incrivelmente verde. Conseguiam notar também as áreas mais afastadas que seguiam para o fundo da escola, com um enorme depósito de lixo na direita com um incinerador que soltava algumas nuvens de fumaça no lado direito e uma área que parecia um depósito do lado esquerdo da escola.


 Após efetuarem a matrícula, Kukui despediu-se dos jovens e os três novos alunos seguiram uma funcionária do local, que os guiava para o auditório onde haveria uma apresentação de abertura para todos os alunos.

Após duas horas de uma palestra que parecia não ter fim, a diretora da Escola de Treinadores terminava de falar sobre como seria o curso de treinamento no qual os Selene, Elio e Hau estavam matriculados: Na primeira semana aprenderiam na teoria sobre batalhas e, na segunda semana, iriam competir em um evento de batalhas Pokémon na escola. O prêmio para o vencedor seria uma Pokédex, fruto da parceria que possuíam com o Laboratório Pokémon de Kukui. A notícia causou uma empolgação em todos os presentes, inclusive o trio recém-formado. O evento de abertura se encerrou alguns minutos antes do almoço, causando um alvoroço na hora de sair, uma vez que todos estavam esfomeados e ansiosos para procurar algo pra comer na cidade.


 — Meu avô me mostrou uma barraca aqui perto que vende a melhor comida que vocês vão experimentar na vida — comentou Hau com os olhos brilhando. — Se chama Malassada, vocês conhecem? 


Os irmãos Keao negaram com a cabeça, sendo puxados pelo braço logo em seguida pelo garoto que os guiava para a rua em direção ao outro lado da rua, onde um foodtruck estava estacionado. Após fazerem seus pedidos e se sentarem em um banco próximo para comerem, Hau não esperou nem um segundo e começou a saborear a Malassada doce que havia comprado. Selene e Elio olhavam a voracidade com que o mais novo “amigo”, se é que já poderiam chamar assim, comia a massa. Decidiram então provar daquela sobremesa que parecia simples demais para ser tão saborosa.

 Assim que deu a primeira mordida, Elio imediatamente fez uma careta de desgosto. Havia achado o gosto horrível e por pouco não cuspiu o pedaço que havia mastigado no chão, mas guardou o pedaço do doce que restava no balcão do caminhão. Já o rosto de Selene expressava apenas dúvidas, não havia gostado, mas também não tinha detestado a sobremesa. Julgou o sabor como simples e sem graça. Diferente de seu irmão, a menina terminou de comer, afinal, já havia gasto dinheiro naquilo e não queria desperdiçar.

 

Elio levantou e, com um dedo em riste na direção de Hau, bradou.


 — Cara, fala sério! – e levou a Malassada na direção do rosto do menino que continuava sentado, degustando tranquilamente a sua unidade do doce. — Você me fez acreditar que ia ser a melhor coisa que eu já comi, isso é uma droga!

 Hau levantou os olhos ao ouvir aquelas palavras que considerou profanas vindas de Elio e ambos começaram uma discussão sobre o sabor da Malassada. De um lado, Hau defendia o sabor, a textura e o valor cultural que aquela refeição tinha. Do outro, Elio tentava convencer Hau de como existiam infinitas outras comidas mais saborosas para se comer.

 Selene revirou os olhos pensando no quanto aquela discussão demoraria se não fosse interrompida, então começou a pensar a melhor forma de encerrá-la.


 — Então, Hau, qual Pokémon você tem? — perguntou a garota, decidida que o melhor jeito seria mudar de assunto e torcer para que os dois se distraíssem o suficiente para esquecer da briga. — Digo, você se matriculou na Escola de Treinadores, então acredito que você tenha pelo menos um, certo?


 Hau imediatamente mudou a expressão em seu rosto como se não estivesse discutindo com Elio segundos antes e abriu um enorme sorriso.


 — Eu tenho um Popplio! Imagino que vocês não conheçam — o garoto caçou uma Pokébola nos bolsos de seu calção e a arremessou para cima. — Foi meu avô que deu de presente. Ele disse que é descendente de uma linhagem muito especial de uma amiga especial dele.

 


A criatura que saiu da esfera era uma pequena foca azul com um enorme nariz rosa e redondo. O Pokémon encarava de forma curiosa Elio e Selene, como se estivesse tentando reconhecer os dois. Em seguida, fechou os olhos e sorriu, grunhindo feliz enquanto batia palmas com suas duas nadadeiras dianteiras. Selene achou que, de algum jeito estranho, a criatura lembrava Hau e, de um jeito mais estranho ainda, combinava com ele.


 Com a discussão sobre Malassadas praticamente esquecida, o trio conversou sobre seus Pokémon. Elio e Selene também apresentaram as criaturinhas que possuíam e isso rendeu um papo entre o trio como se fossem amigos há longa data. Decidiram voltar para a escola quando viram que o horário de almoço estava terminando e foram o caminho inteiro conversando sobre expectativas que tinham para aquela semana.

 Por ser o primeiro dia de aula, a professora da turma havia decidido passar alguns vídeos das primeiras batalhas de treinadores alunos que nos dias atuais eram considerados profissionais como uma forma de inspirar seus alunos. Como os vídeos não foram demorados, acabaram saindo mais cedo da escola. O trio andava junto em direção à saída do portão da Escola de Treinadores, já que Kukui havia combinado com o trio que passaria de carro e deixaria tanto Hau, quanto os irmãos em suas respectivas casas.

 Quando estavam prestes a sair do local, ouviram uma voz infantil e os chamar. O tom era tão baixo e fraco que era um mistério como haviam conseguido escutar o chamado.


 Uma menina que aparentava ter no máximo nove anos se aproximou do grupo. Usava um vestido azul estampado com balões. Um chapéu branco cobria seu cabelo castanho e suas duas tranças que pendiam de ambos os lados da cabeça da criança. 


— V-vocês...  ajuda? — pediu a menina, com uma hesitação clara no olhar e na voz.


 O grupo trocou olhares entre si brevemente antes de responder a garotinha.


 — Claro que podemos — respondeu Elio, abaixando para ficar na altura da criança e se aproximando da mesma.


 Por alguns segundos a menina ficou apenas em silêncio, encarando o chão e abrindo e fechando a boca diversas vezes, como se não soubesse se deveria continuar a conversa.


 — Escola... Fantasma... Medo. — Se Elio não estivesse tão próximo a garota, talvez não tivesse ouvido seu quase sussurro. — Algo errado...


 Elio levantou-se e encarou para a dupla atrás de si, como se esperasse alguma confirmação se o que tinha ouvido era algum tipo de brincadeira. Vendo que ambos os meninos estavam perdidos sobre o que fazer, Selene tomou frente e agarrou a mão da criança após ajoelhar-se em sua frente.


 — Oi, menininha. Onde estão seus pais? Você não é meio nova demais pra estar aqui? — A menina apenas encarou profundamente a mais velha em silêncio. — Fica aqui que a gente já volta, tá?


 Selene se afastou e puxou os dois meninos que haviam começado uma conversa animada sobre as batalhas que tinham assistido mais cedo.


 — Vou ficar aqui com a garotinha e vocês vão procurar o zelador, a coordenadora ou qualquer pessoa responsável. Falem que tem uma menina bem pequena perdida aqui perto da saída.


 Ambos apenas acenaram com a cabeça e voltaram em direção ao prédio da escola, retomando o assunto previamente interrompido. Quando Selene se virou para falar com a criança, a mesma havia desaparecido. Olhou ao seu redor para tentar encontrar a garota, mas a quantidade de pessoas que avançavam em direção a saída não permitia uma visão clara. Começou a andar e procurar, gritando “menina” e “garota”, percebendo que nem ao menos o nome da criança havia perguntado.

 Quando se deu conta, estava do lado de fora da escola, próxima ao meio fio. Avistou, então, uma figura pequena de vestido infantil ao final da rua. Gritou e acenou para a criança, pedindo para que ela voltasse para perto de si onde Selene acreditava ser mais seguro.

 Começou a dar os primeiros passos em direção ao fim da rua quando percebeu que a menina ignorava seu chamado e começava a seguir outro caminho. O som de uma buzina chamou sua atenção. Selene virou-se rapidamente para ver o que era e percebeu que Kukui, Hau e Elio gritavam seu nome e faziam todo tipo de barulho para chamar a atenção da menina.


 — Tá tudo bem ai, prima? — gritou Kukui com a mão curvada em volta da boca numa tentativa de ampliar o som. — Endoidou, foi? Tá falando com o vento?


 A garota voltou sua atenção para o final da rua, mas não voltou a encontrar a criança. Entrou no carro e indagou o motivo de Elio e Hau estarem ali ao invés de estarem na coordenação da escola buscando ajuda. 


— Mas a gente já foi lá — explicou Hau. — A moça falou que iam avisar todos os seguranças para ficarem de olho. Ela também falou alguma coisa de tentar anunciar nos alto-falantes, mas não era certeza de que funcionaria porque eles estavam com problema ou algo do tipo.

— E você? Não ficou com a menina por quê? — foi a vez de Elio perguntar. — Largou a menina sozinha pra ficar gritando no meio da rua?

— Eu não a larguei — respondeu a menina, incomodada. — Enquanto eu estava falando com vocês ela simplesmente saiu correndo e eu acabei perdendo ela de vista.

— De quem vocês estão falando? — perguntou Kukui, que havia ficado calado até então. — Que menina é essa?

— Uma que parou a gente na saída. Ela falou umas coisas meio aleatórias e pediu ajuda — respondeu Hau de forma agitada. — Acho que ela nem sabe falar direito ainda.

— Eu fiquei aqui esperando vocês no carro e vi o momento que vocês saíram da aula. Não vi garota nenhuma na saída.


 Os jovens trocaram olhares entre si, confusos. Em seguida, uma discussão entre os quatro sobre a aparência da menina e como ela havia aparecido começou, com Elio, Selene e Hau ouvindo de Kukui que ele havia chegado mais cedo e não havia visto ninguém com uma criança pequena ali perto.

 Após alguns minutos, o professor simplesmente se deu por vencido e começou a dirigir, alegando que os jovens ficaram muito tempo expostos ao Sol.  Um silêncio se instaurou no carro e assim permaneceram os três mais novos, absortos em seus próprios pensamentos, forçando ao máximo suas memórias para provarem a si mesmos que não estavam inventando coisas.

 

E talvez não estivessem mesmo.




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